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domingo, 8 de dezembro de 2013

"MARIA DE PORTUGAL"






Maria e Portugal: Uma devoção nacional?
Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX definiu o dogma da
 Imaculada Conceição de Nossa Senhora.
 Tal verdade mariana era há muito confessada em Portuga
l e era mesmo a inovação da padroeira do reino.
 Mas agora vinha de Roma a definição, e, para o nacionalismo
 de muitos influentes, Roma era o estrangeiro e mesmo a ameaça,
já que Pio IX não se cansava de levantar objeções à teoria e à
 prática dos regimes liberais. Estava novamente em uso o
beneplácito, pelo qual as decisões pontifícias só se executariam
 entre nós depois da aprovação das Cortes.
Teve de esperar-se até março do ano seguinte…
 Estes quatro meses de demora em reconhecer para Portugal
 o dogma da Imaculada
Conceição levantaram reparos nos meios católicos mais ativos.
 A demora era dos poderes públicos e não da piedade portuguesa,
 afirmava A Nação de 17 de abril de 1855: «Portugal, que sempre
 se distinguiu pelo seu zelo religioso, e pela pureza da sua fé,
Portugal, que nas suas cortes e universidades jura há séculos
 a defesa da Imaculada Conceição, não podia, apesar de todas
 as desgraças, deixar de associar-se à alegria universal de todos
 os católicos ao ser definido pela Igreja como dogma, o que ele era uma crença religiosa, e um princípio de nacionalidade»

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