«Pastoral da Cultura»
Dia do Pai: um Pai que se torna nosso
Lapidares na sua clareza são as palavras de São Cipriano sobre o Pai-Nosso: «Não dizemos “Meu Pai, que estais nos céus” e de igual maneira “Dá-me hoje o pão de cada dia”. E nenhum de nós pede que venha perdoada apenas a sua ofensa, nem pede que só ele seja poupado à tentação ou liberto do mal. A nossa oração é pública e comunitária, e quando rezamos, rezamos por todo o povo, não apenas pelo indivíduo, por que todos formamos uma coisa só». Comovedores são igualmente os termos usados por Santo Agostinho: «”Pai-Nosso”, quanta bondade! Di-lo o imperador e di-lo o mendigo, declara-o o patrão e declara-o o criado, afirmam-no juntos…Compreendem assim que são irmãos, desde o momento em que têm o mesmo Pai, um só Pai». E, no mesmo registo, se alinha a meditação contemporânea do poeta Charles Péguy: «É necessário salvar-se conjuntamente, precisamos de chegar juntos ao Paraíso, precisamos apresentarmo-nos juntos no Paraíso. É necessário pensar nos outros, é necessário doar-se aos outros. O que é que Deus nos dirá, se chegarmos ao Paraíso sem os outros?». |
Olá Amiga Luisa
ResponderExcluirMuito bonita esta sua meditação.
Na realidade não somos nada isoladamente. Todos precisamos de dar algo de nós aos outros e também necessitamos de receber algo dos outros. E quando digo algo, não me refiro a algo material. É a algo muito mais além do material: a nossa ajuda, solidariedade, compreensão, carinho e amor. Se não tivermos nada disso para dar ao próximo, então estaremos sós, vazios, secos de sentimentos.
E se assim acontecer, não podemos esperar receber dos outros aquilo que não temos para dar!
Um grande abraço e beijinhos da
Milú.