«O seu odor,tal como esperava torna-se mais forte sem nada perder do seu requinte.O que no ano anterior era ainda delicadamente ténue e em pequenos grãos ligara-se agora para constituir um fluxo cremoso de perfume,polvilhado de mil cores... E verificou delirante que com esse fluxo provinha de uma fonte cada vez mais fértil.Um ano apenas, sómente doze meses e esta fonte transbordaria e ele poderia vir agarrá-la e captar a abundante explosão do seu perfume...
Não amava ,certamente,um ser humano;...amava o perfume.Amava-o só a ele e nada mais e amava-o unicamente porque lhe pertencia. Jurou pela sua vida que viria dali a um ano. E após ter feito essa aberrante ou ter pronunciado esse voto, essa promessa de fidelidade a si proprio e ao seu perfume,afastou-se alegremente....»
de (O perfume--Patrick Suskind)
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