O f
acto é que gosto do Zaqueu. Gosto mesmo!
Gosto de o imaginar pequenito e sem complexos;
a correr, a empurrar meio mundo, a acotovelar
os basbaques da multidão amorfa, a saltitar de
quando em vez procurando descortinar um ponto
alto à procura de ver, acima de tudo, a si próprio.
E lá está ele, o sicómoro do seu contentamento,
o lugar onde pode finalmente subir sem pisar ninguém;
o ponto alto a partir do qual pode descortinar o que procura,
onde se pode encontrar consigo mesmo, para depois encontrar
os outros no caminho do seu encontro com Deus.
Ah! Grande Zaqueu que foste capaz de ir à procura de ti próprio,
grande ao ponto de, na tua pequenez, te reconheceres um biltre,
mas capaz de ser amado por Deus; que subiste acima da tua altura,
sem te pores em bicos de pés por cima de ninguém, mas à custa
do teu esforço foste capaz de te ver.
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