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terça-feira, 19 de março de 2013

«Pastoral da Cultura»
Dia do Pai: um Pai que se torna nosso
Lapidares na sua clareza são as palavras de São Cipriano
 sobre o Pai-Nosso: «Não dizemos “Meu Pai, que estais
 nos céus” e de igual maneira “Dá-me hoje o pão de cada dia”.
 E nenhum de nós pede que venha perdoada apenas a sua ofensa,
 nem pede que só ele seja poupado à tentação ou liberto do mal.
 A nossa oração é pública e comunitária, e quando rezamos,
 rezamos por todo o povo, não apenas pelo indivíduo, por que
 todos formamos uma coisa só». Comovedores são igualmente
 os termos usados por Santo Agostinho: «”Pai-Nosso”, quanta
 bondade! Di-lo o imperador e di-lo o mendigo, declara-o o patrão
 e declara-o o criado, afirmam-no juntos…Compreendem assim
que são irmãos, desde o momento em que têm o mesmo Pai,
 um só Pai». E, no mesmo registo, se alinha a meditação
 contemporânea do poeta Charles Péguy: «É necessário salvar-se
conjuntamente, precisamos de chegar juntos ao Paraíso,
 precisamos apresentarmo-nos juntos no Paraíso.
É necessário pensar nos outros, é necessário doar-se aos outros.
O que é que Deus nos dirá, se chegarmos ao Paraíso sem os outros?».

Um comentário:

  1. Olá Amiga Luisa
    Muito bonita esta sua meditação.
    Na realidade não somos nada isoladamente. Todos precisamos de dar algo de nós aos outros e também necessitamos de receber algo dos outros. E quando digo algo, não me refiro a algo material. É a algo muito mais além do material: a nossa ajuda, solidariedade, compreensão, carinho e amor. Se não tivermos nada disso para dar ao próximo, então estaremos sós, vazios, secos de sentimentos.
    E se assim acontecer, não podemos esperar receber dos outros aquilo que não temos para dar!
    Um grande abraço e beijinhos da
    Milú.

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