Só uma estrela secreta me guiava./
/ Grandes perigos na noite me apareceram:
/ Da minha estrela julguei que eu a julgara/
Verdadeira sendo ela só reflexo/
Duma cidade a néon enfeitada./
/ A minha solidão me pareceu coroa./
Sinal de perfeição em minha fronte./
Mas vi quando no vento me humilhava/
Que a coroa que eu levava era dum ferro/
Tão pesado, que toda me dobrava./
/ Do frio das montanhas eu pensei:/
“Minha pureza me cerca e me rodeia”.
/ Porém meu pensamento apodreceu/
E a pureza as coisas cintilava/
E eu vi que a limpidez não era eu.
/ Grandes perigos na noite me apareceram:
/ Da minha estrela julguei que eu a julgara/
Verdadeira sendo ela só reflexo/
Duma cidade a néon enfeitada./
/ A minha solidão me pareceu coroa./
Sinal de perfeição em minha fronte./
Mas vi quando no vento me humilhava/
Que a coroa que eu levava era dum ferro/
Tão pesado, que toda me dobrava./
/ Do frio das montanhas eu pensei:/
“Minha pureza me cerca e me rodeia”.
/ Porém meu pensamento apodreceu/
E a pureza as coisas cintilava/
E eu vi que a limpidez não era eu.
Olá Amiga Luisa
ResponderExcluirObrigada por este belo poema de uma grande poetisa portuguesa.
Beijinhos da
Milú.